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Empresa ligada ao BTG Pactual, que tem Paulo Guedes entre seus fundadores, é a maior desmatadora do Pantanal

Multas aplicadas pelo Ibama apontam que a empresa BRPec, ligada ao banco BTG Pactual, é a maior desmatadora do Pantanal. Em 2018, o órgão ambiental multou a empresa em R$ 57,9 milhões. BTG Pactual tem o ministro da Economia, Paulo Guedes, entre seus fundadores

Paulo Guedes, Pantanal queimado e fachada do BTG Pactual (Foto: Reuters | Reprodução)
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247 - As multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontam que a empresa BRPec, ligada ao banco BTG Pactual, é a maior desmatadora do Pantanal. De acordo com reportagem do site De Olho nos Ruralistas, o órgão ambiental multou a empresa em R$ 57,9 milhões em 2018. 

A BRPec é uma empresa do setor agropecuário ligada ao BTG Pactual, O BTG tem entre seus fundadores o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, e atualmente é administrado por um conselho encabeçado por André Esteves. 

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Ele foi um dos financiadores da campanha da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS) em 2014, quando ela disputou o cargo de deputada federal. Já a BRPec tem entre os sócios Marcelo Del Nero Fiorellini e Antonio Carlos Canto Porto Filho, que ocupam cargos no conselho de administração do BTG. 

A multa contra a BRPec é a maior já aplicada pelo Ibama na região do Pantanal. A segunda maior, da ordem de R$ 15,2 milhões, foi registrada em junho de 2008 contra à MMX Metálicos, do empresário Eike Batista. 

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Em nota, o BTG afirmou “que a BRPec é uma empresa controlada por um fundo gerido pelo banco e pratica as melhores e mais modernas técnicas de manejo sustentável de suas fazendas, com o objetivo de manter o equilíbrio e o manejo correto das pastagens, dos rebanhos e dos recursos naturais”.

Confira a íntegra do comunicado da empresa:

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O BTG Pactual informa que a BRPec é uma empresa controlada por um fundo gerido pelo Banco e pratica as melhores e mais modernas técnicas de manejo sustentável de suas fazendas, com o objetivo de manter o equilíbrio e o manejo correto das pastagens, dos rebanhos e dos recursos naturais. 

Sobre o questionamento da multa, em dezembro de 2018 a BRPec apresentou defesa administrativa que, dentre os pontos elencados, destacou: 

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1. a anterioridade de uso da área da Fazenda, sendo que as áreas estavam abertas muito antes da aquisição da Fazenda pelo atual proprietário, conforme comprovado por diversas imagens de satélite; e

2. as atividades de limpeza de pasto realizadas na área foram autorizadas pelo órgão ambiental estadual competente pelo licenciamento ambiental no estado do Mato Grosso do Sul (IMASUL). Todas as licenças emitidas nos diversos processos do IMASUL constam da defesa administrativa, inclusive fotos georreferenciadas dos técnicos do IMASUL junto as leiras de Aromita (espécie exótica, considerada uma praga da região) que foram objeto da limpeza. 

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Em consequência o próprio IBAMA desembargou praticamente toda área em questão. Atualmente, a empresa aguarda a decisão final do IBAMA em relação ao tema.

Importante destacar ainda que a Fazenda incentiva a pesquisa ambiental e tem câmeras de monitoramento de fauna instalada nestas áreas, que já registraram uma rica biodiversidade local, como onças pintadas, onças pardas, antas e gato mourisco.

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A produção segue rigoroso controle de pragas, usando tecnologia de ponta e drones para acompanhamento das lavouras. Dentre as práticas adotadas, destacam-se o mapeamento integrado de pragas e o uso de controle biológico para controle das pragas, ambas medidas que reduzem as aplicações preventivas na lavoura e garantem melhor qualidade ambiental.

Sobre a Aromita, espécie retirada das pastagens existentes, é importante esclarecer que se trata de uma praga exótica originária do Paraguai, considerada tóxica para o desenvolvimento de espécies nativas. De acordo com o WWF, no documento “Conservando Pastagens e Paisagens”, a Aromita é uma das espécies invasoras mais agressivas presentes no Centro-oeste brasileiro, e prejudica o ecossistema e a produção em áreas onde ocorre.

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